domingo, 29 de novembro de 2009

Lidando com a depressão!

Quem nunca se sentiu triste, cansado sem saber por que e sem vontade para nada? Todos temos um lado assim, que nos pede para descansar, relaxar e não nos preocupar com nada. Afinal, na nossa sociedade, vivemos tempos agitados. Sempre vemos um motivo para parar e deixar as coisas de lado. Trabalho, escola, estudos, obrigações...

Com tantos afazeres assim, muitas vezes nos esquecemos de nós mesmos. Nossos sonhos e metas, esquecemos das nossas necessidades, deixando-nos em segundo plano diante daquilo que parece realmente importante em nossas vidas. Nos preocupamos demais com o que é imediato, que esquecemos de cuidar de nós mesmos. Afinal, sonhar é importante, mas cuidar da vida é muito mais, colocá-los em prática e ver as coisas acontecendo.

Ou então vivemos pelo outro. Num relacionamento, abrimos mão de nossas vidas para ajudar o(a) companheiro(a) a realizar seus sonhos e suas conquistas, e deles desfrutamos como se fossem nossos. E novamente, nossos sonhos são deixados para depois. Sempre pra depois.

Mas ninguém além de nós mesmos tem culpa por isto. Compartilhar a vida pode parecer bom e importante numa relação, qualquer que seja (casamento, namoro, amizade, familiar...), mas a relação mais importante de todas nunca pode ser esquecida, que é "nós, com nós mesmos". Famílias crescem e seguem seu rumo. Casamentos podem terminar, e amigos podem parar sde se falar por 'N' razões. Mas nós nunca nos deixamos em paz, nunca partimos. Podemos, por uma série de razões, nos abandonar, mas cedo ou tarde a vida cobra seu preço, pelo tempo que passamos, e como o aproveitamos... se é que aproveitamos.

Apenas nós sabemos o que é bom pra nós. Pois como dizem, o que serve pra um pode não servir pra outro. Por não saber o que fazer, nos prendemos a conselhos, horóscopos, cartomantes, promessas, etc.. Mas no final, deixamos de escolher, de cuidar de nossas vidas.

Como mudar isso?

A resposta está nas pequenas coisas, nas mais insignificantes, pois todo edifício, por maior que seja, não passa de tijolos e concreto. Também a nossa vida é feita assim. Nossos tijolos são nossas metas, nossas conquistas e nossos ideais, e nosso concreto são nossas emoções. Se faltar um deles que seja, tudo vem à baixo. E não há culpados.

Assim, temos de olhar em volta. Mais do que pensar, temos de agir diante de nossa vida. Pois como falei, a solução está nas coisas mais insignificantes. Por exemplo, simplesmente sair de casa, abrir uma janela e receber o sol em nossos rostos. Banal? Talvez. Mas muito importante, pois há pessoas que sucumbem à depressão de tal maneira que nem isso conseguem fazer. Olham a vida pela janela sem nunca interagir. Conversam com seus amigos pelo telefone (ou internet), e já está de bom tamanho.

Mas o ser humano é um ser social, que precisa do contato. Precisa ver, falar, tocar... Só assim se sentirá completo. Precisamos da troca, do carinho de um sorriso, do calor de uma carícia, ou de um simples beijo no rosto para nos sentirmos vivos.

Então, pra começar nossos dias, eu sugiro simplesmente abrir nossas "janelas", parando de olhar o mundo através de uma película. Vamos vê-lo como realmente é, cheio de cores, e sonhos, e sentimentos, e lutas, e conquistas. Vamos construir nosso edifício o mais sólido possível. Pois devemos isto a nós mesmos.

Todas as manhãs, vá até a porta de casa, ou até o quintal, ou até a sacada ou janela do apartamento, olhe para o sol e deixe-se tocar por ele. Sinta o calor, respire o ar puro do mundo fora de nossas casas, de nossa "segurança", e vamos começar a viver nossas vidas.

"Nas grandes cidades, no pequeno dia-a-dia
O medo nos leva tudo, sobretudo a fantasia
Então erguemos muros que nos dão a garantia
De que morreremos cheios de uma vida tão vazia"
(Engenheiros do Hawaii - Muros e Grades)

Não mais sonhar, não mais esperar, tocar o chão com nossos pés descalços e sentir a energia que corre por nossas veias. Colocar a mão no peito e sentir nossos corações batendo, pedindo para viver...

Dizendo: "Mais... Mais.. Mais..."


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Porque pais e professores sentem-se perdidos?

A educação das crianças, que tradicionalmente cabia aos pais, hoje está sendo dividida com a escola. Não adianta a escola atribuir a educação de seus alunos aos respectivos pais e nem os pais exigirem da escola tal função. A situação atual é conflitiva e temos de ajudar a resolvê-la, para o benefício de uma geração, pois a educação virou uma batata quente que ninguém quer segurar.
As crianças estão indo para a escola para ser educadas e algumas para ser criadas. Não é a toa que a dificuldade de lidar com os alunos tem aumentado. A indisciplina é o resultado quase natural da falta de educação.
O que se observa hoje é a falência da autoridade dos pais em casa, do professor em sala de aula, do orientador na escola. É claro que as excessões existem.
Professores e Orientadores tem dificuldade de estabelecer limites na sala de aula e não sabem até que ponto intervir nos comportamentos adotados nos pátios escolares.
Recuperar a autoridade fisiológica não significa ser autoritário, cheio de desmandos, injustiças e inadequações.
A Autoridade é algo natural que deve existir sem descargas de adrenalina, seja para se impor ou se submeter, pois é reconhecida espontaneamente por ambas as partes. Assim o relacionamento se desenvolve sem atropelos.
Já o autoritarismo, ao contrário, é uma imposição que não respeita as características alheias, provocando submissão e mal estar, tanto na adrenalina de quem impõe, tanto na depressão de quem se submete. O segredo que difere o autoritarismo do comportamento autoritário adotado para que a outra pessoa(filhos ou alunos) torne-se mais educada ou disciplinada é o respeito pela auto estima.
A auto estima é o sentimento que faz com que a pessoa goste de si mesma, aprecie o que faz e aprove suas atitudes. Trata-se de um dos mais importantes ingredientes do nosso comportamento - e um ítem fundamental para se estabelecer a disciplina.
Na infância a auto estima fundamental é alimentada toda vez que a criança realiza algo e isso pode ser dimensionado. Aplaudir ou reprovar fora de hora, quando realmente não é merecido, distorce essa auto estima.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Stress : o que é isso?

O homem enquanto espécie é programado para manter-se vivo e melhorando (ou piorando) o mundo para poder habitá-lo. O que mudou ao longo dos séculos foram as armas : machados e tacapes foram substituídos por agressões verbais ou cartas de demissão. As flechas envenenadas são críticas destrutivas e o incêndio na caverna inimiga pode ser uma inesperada mudança na política econômica.

Apesar de não precisarmos mais enfrentar feras e intempéries na base da força bruta nem caçar a comida de todos os dias (afinal, a caça está a nossa espera no supermercado, cortada e embalada), nosso corpo funciona como o dos habitantes das cavernas, a despeito do progresso da espécie. Em outras palavras, embora os mamutes tenham desaparecido há várias eras, o homem continua biologicamente preparado para enfrentá-los. E os "mamutes da vida moderna" estão fantasiados de pressões no ambiente em que vivemos. São esses "mamutes" que provocam nossa reação de estresse. Você já pensou quantos mamutes enfrenta por dia?

Pressão e estresse são palavras usadas geralmente como sinônimas, mas têm sentidos diferentes. Referem-se a dois componentes inseparáveis dos mecanismos de interação indivíduo-ambiente. A pressão está no ambiente enquanto estresse é a reação das pessoas às pressões. Dessa forma, distinguir pressão de estresse é importante para uma abordagem preventiva. Igualmente importante é admitir que não há ambiente sem pressões.

Basta prestar atenção a nossa volta para perceber a quantidade de exigências ou pressões de natureza física ou psicológica e social que incidem sobre nosso organismo. É interessante notar que elas podem ser tanto negativas quanto positivas. Assim, tanto uma demissão repentina quanto uma promoção inesperada podem conduzir reações de estresse.

A reação de estresse pode ser definida como uma mobilização generalizada, padronizada e inconsciente dos recursos energéticos naturais do corpo quando confrontado com um elemento estressor.

A caça aos mamutes organizacionais é o primeiro passo de um programa de prevenção do estresse, embora eles não estejam apenas no ambiente da Organização. É fácil reconhecê-los. Em termos individuais, eles podem estar disfarçados de expectativas pessoais, noções de valores, objetivos de vida, receio de envelhecimento, experiências anteriores malsucedidas ou arranhões na própria imagem.

Na família, os mamutes se escondem nas dificuldades de compatibilização entre o lar e o trabalho e adoram o disfarce duplo das expectativas do cônjuge e dos filhos, sem falar no próprio nascimento e crescimento das crianças e nos traumas da separação.

Em termos sociais, enfrentar mamutes é conviver com instabilidades econômicas e políticas, adaptar-se a contínuas mudanças de valores e suportar pressões, por exemplo. Mamutes, portanto, não faltam. O importante agora é identificá-los. E caçá-los com rapidez e eficiência.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O ato médico

São doze as profissões da área da saúde que sairão prejudicadas com o Ato Médico(Biologia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Técnicos em Radiologia). Da forma como está escrita, representa uma invasão ao campo de atendimento, determinando uma hegemonia da medicina. Isto está indo totalmente contra o momento vivido no campo da saúde, que é a multidisciplinaridade, ou seja, as mais variadas áreas da saúde deveriam caminhar juntas e não ter a área médica considerada como superior no campo da saúde. As demais profissões ficarão a espera de possíveis encaminhamentos dos médicos, quando ELES julgarem necessário aquele tipo de atendimento.
O projeto define também os médicos como responsáveis e lideres das equipes de saúde, como se o saber médico estivesse SEMPRE acima das demais profissões. Isso significa que todo e qualquer profissional da saúde só poderá agir sob a recomendação de algum médico.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Será que estou dando limites???

Existem muitas dúvidas atualmente em como educar os filhos, muitas dúvidas sobre como agir, o que é certo e o que é errado na educação. Como saber se estou dando limites ou não? Destaco agora algumas dicas do que não é dar limites:
- Primeiramente, bater nos filhos para que se comportem;
- Fazer só o que vocês, pai ou mãe, querem ou estão com vontade de fazer;
- Ser autoritário(dar ordens sem explicar claramente os porquês);
- Gritar com a criança para ser atendido,impor a lei do "mais forte";
- Deixar de atender as necessidades de fome, segurança, afeto, sede, etc., porque hoje você está cansado.
É muito importante lembrar sempre que dar limites não é uma questão de opção, pois existe uma série de problemas futuros que podem ser causados pela falta de limites.
Educar um filho não é uma tarefa fácil, sem dúvida é muito complexo, com muitas situações inesperadas para a maioria dos pais.
De uma maneira geral, as crianças são muito espertas e questionadoras. Não aceitam explicações que para nós adultos pareceriam óbvias. As vezes leva-se um longo tempo para se alcançar o objetivo esperado.