segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Stress : o que é isso?

O homem enquanto espécie é programado para manter-se vivo e melhorando (ou piorando) o mundo para poder habitá-lo. O que mudou ao longo dos séculos foram as armas : machados e tacapes foram substituídos por agressões verbais ou cartas de demissão. As flechas envenenadas são críticas destrutivas e o incêndio na caverna inimiga pode ser uma inesperada mudança na política econômica.

Apesar de não precisarmos mais enfrentar feras e intempéries na base da força bruta nem caçar a comida de todos os dias (afinal, a caça está a nossa espera no supermercado, cortada e embalada), nosso corpo funciona como o dos habitantes das cavernas, a despeito do progresso da espécie. Em outras palavras, embora os mamutes tenham desaparecido há várias eras, o homem continua biologicamente preparado para enfrentá-los. E os "mamutes da vida moderna" estão fantasiados de pressões no ambiente em que vivemos. São esses "mamutes" que provocam nossa reação de estresse. Você já pensou quantos mamutes enfrenta por dia?

Pressão e estresse são palavras usadas geralmente como sinônimas, mas têm sentidos diferentes. Referem-se a dois componentes inseparáveis dos mecanismos de interação indivíduo-ambiente. A pressão está no ambiente enquanto estresse é a reação das pessoas às pressões. Dessa forma, distinguir pressão de estresse é importante para uma abordagem preventiva. Igualmente importante é admitir que não há ambiente sem pressões.

Basta prestar atenção a nossa volta para perceber a quantidade de exigências ou pressões de natureza física ou psicológica e social que incidem sobre nosso organismo. É interessante notar que elas podem ser tanto negativas quanto positivas. Assim, tanto uma demissão repentina quanto uma promoção inesperada podem conduzir reações de estresse.

A reação de estresse pode ser definida como uma mobilização generalizada, padronizada e inconsciente dos recursos energéticos naturais do corpo quando confrontado com um elemento estressor.

A caça aos mamutes organizacionais é o primeiro passo de um programa de prevenção do estresse, embora eles não estejam apenas no ambiente da Organização. É fácil reconhecê-los. Em termos individuais, eles podem estar disfarçados de expectativas pessoais, noções de valores, objetivos de vida, receio de envelhecimento, experiências anteriores malsucedidas ou arranhões na própria imagem.

Na família, os mamutes se escondem nas dificuldades de compatibilização entre o lar e o trabalho e adoram o disfarce duplo das expectativas do cônjuge e dos filhos, sem falar no próprio nascimento e crescimento das crianças e nos traumas da separação.

Em termos sociais, enfrentar mamutes é conviver com instabilidades econômicas e políticas, adaptar-se a contínuas mudanças de valores e suportar pressões, por exemplo. Mamutes, portanto, não faltam. O importante agora é identificá-los. E caçá-los com rapidez e eficiência.

Um comentário:

Renata Bertran disse...

Nós sempre teremos situações difíceis para enfrentar, mas devemos estar preparados e ter ferramentas pessoais para melhor passar por esses momentos!!!!
Nos tornamos resilientes com nossas experiências, e mais fortes a cada obstáculo superado.